Thursday, August 29, 2024

51 - Princípio da Regência































1. O Princípio da Regência
Na História da Antiguidade

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Na Antiguidade um Princípio de Regência devido a uma ordem natural universal era intrínsecamente dado junto às concepções éticas e políticas das monarquias, ou Principados:
O modo de regência monárquico não era dado criticamente, por si mesmo, mas apenas conforme os termos valorativos:

1) O Príncipe ama seu povo, ou não; Ele é amado pelo povo / ou não;
2) Comanda bem seus generais e soldados / ou não;
3) Tem sabedoria administrativa, ouve os conselheiros e conhece seus país / ou não;
4) O Príncipe governa segundo a Lei Divina / ou não...

Também na China: Confúcio e Taoísmo. Ordem natural e ordem histórica pertencem a um mesmo contínuo de pensamento.

Na continuidade desses valores antropológicos, em Esparta [séc. V aC] um regime comunista semelhante ao da União Soviética foi instalado. O resultado foi uma grande superioridade militar, que derrotou o regime de repúblicas atenienses, que eram oligárquicas. Em Atenas, as repúblicas eram sucedidas por períodos de curtos principados, onde os “tiranos” poderiam significar novos líderes “libertadores do povo”... Ou não – sendo novamente substituí-dos por repúblicas instáveis, etc.
O Senado Romano era um mistura monarquia-república. Os Senadores eram conjuntamente chefes-de-estado aristo-cráticos, porém certos rituais republicanos de eleições eram observados. Com o tempo [c. 150 aC], um Parlamento Popular foi estabelecido.
Quando Julio César comanda a derrota do regime do Senado, e se instala como Príncipe, ele é visto como chefe-libertador, e não como “usurpador” de uma República Senatorial falida. Nesse sentido ele é comparavel ao Lênin da revolução de 1917.
No séc. II dC, cinco reis denominados “Antoninos” foram reconhecidos como Príncipes Esclarecidos em Roma: estáveis, cultos, aceitos pela sociedade nas várias classes.





  Dom Afonso Henriques























A Reconquista e a Fundação de Portugal

A Reconquista na Hispânia das terras conquistadas pelos Mouros se inicia com Fernando I, de Leão e Castela, que reinou entre 1037 e 1065, e fez a tomada de Coimbra em 1064. Afonso VI foi seu sucessor (1065-1109), que atingiu a linha do Tejo em 1085, conquistando Toledo, antiga capital dos Visigodos. Os Cristãos conquistam Santarém e Lisboa em 1093, mas perdem essas cidades em seguida, com a chegada dos temíveis guerreiros Almorávidas, convocados pelos Mouros desde o Norte da África. A contra-ofensiva muçulmana faz com que Afonso VI peça ajuda aos cavaleiros cristãos do Sul da França: à Abadia Beneditina de Cluny, e ao Duque de Borgonha, sendo Afonso VI casado com a filha deste duque.
Filhos de nobres da Borgonha, os jovens cavaleiros Raimundo e Henrique vieram à Espanha buscar sua fortuna. Raimundo se casou com uma filha de Afonso VI, e herdou o condado da Galícia. Henrique se casou com outra filha de Afonso, e herdou o condado de Portucale (1096). Sendo falecidos Raimundo e Afonso VI, e com o falecimento de Henrique em 1112, seu filho Afonso Henriques se torna o herdeiro natural do condado de Portucale, sendo ainda uma criança. Sua mãe Teresa assume a regência.
Em 1127, com 18 anos, Afonso Henriques participa da resistência em Guimarães contra as tropas do novo Rei de Castela, Afonso VII, que exigia que sua soberania fosse reconhecida pelos portucalenses. A vitória em Guimarães marca efetivamente a independência do condado em relação a Castela. Em 1128 (19 anos) lidera a rebelião dos nobres locais contra Teresa, que se associara ao clã dos Trava, da Galícia, que pretendiam submeter Portucale ao Condado da Galícia. Esta data, que marca o início de seu Reinado, é a data de nascimento do novo Reino Portucalense.
Afonso Henriques se revela um chefe-guerreiro incessante e memorável: incansável na recuperação dos antigos territórios célticos e visigodos, distribuindo as terras conquistadas entre colonizadores, recebendo apoio e emigrantes de várias frentes da Reconquista Cristã e da França.
Em 1131 ele desloca sua corte para Coimbra, na fronteira em que o Rio Mondego separava as províncias cristãs dos reinos mouros, o que indicava sua intenção de expandir seu antigo condado. Nos anos 30 Afonso Henriques faz incursões em território mouro, fundando o Castelo de Leiria, e vencendo tropas mouras em Julho de 1139 na Batalha de Ourique, que se tornou lendária. O novo príncipe portucalês teria tido uma visão celestial, o que indicaria a visão do Cristo a lhe abençoar as campanhas militares. Esta batalha se tornou a fundação mitológica do Reino de Portugal: Afonso Henriques se auto-intitula Rei dos Portugueses.
Conquista Santarém (Rio Tejo) em 1147, depois de uma tentativa frustrada de tomar Lisboa em 1142, que permanecia um grande centro de poder e cultura islâmica. Afonso Henriques vê na passagem de uma frota que descia da Europa do Norte, para combater os mouros em Jerusalém, uma oportunidade para a conquista de Lisboa. Oferece aos cruzados benefícios na forma de direito de saquear a cidade uma vez derrotada, ou de se fixarem em territórios que ele doaria. O cerco a Lisboa foi doloroso e durou de junho a outubro de 1147, com conflitos entre as hostes cristãs de portucalenses e dos cruzados, pois a estes últimos só interessava o saque. Vencida a grande capital, o Rei dos Portugueses toma iniciativas de povoamento nas terras férteis do Tejo. Cavaleiros flamengos e francos recebem incontáveis doações de propriedade e senhorio, o que continua durante o reinado do seu sucessor Sancho I. Entre outros, o Mosteiro de Alcobaça (1153) teve papel de destaque no povoamento, desenvolvimento agrícola, e produção para o mercado. Alguns monges eram templários, cavaleiros religiosos em combate ao Islã.
Afonso Henriques continua chefiando incursões militares no norte, e no sul, até ser ferido na perna e derrotado na Batalha de Badajoz em 1169, quando chega a ficar preso pelo Rei de Castela. Reina até os 76 anos, tendo seu filho Sancho como sucessor em 1185.


Península Ibérica circa 560 dC


2. O Republicanismo
História Moderna desde final Séc. XVIII

O Republicanismo desde meados do séc. XVIII. Ética e Filosofia dos Iluministas.

2.1. A concepção política dos Iluministas era a de que as monarquias seriam intrinsecamente despóticas, sempre tendo o povo sob “dominação”... O Republicanismo seria a resposta ética natural: O Parlamento e o Executivo sob eleições; os eleitores como cidadãos independentes e esclarecidos. O Executivo com ministros indicados pertencentes aos partidos eleitorais; Judiciário autônomo, imprensa livre, etc.
O peso moral de algumas décadas de pregação republicana no séc. XVIII (na França) resultou na revolução de 1789. Esta revolução, que pretendia instaurar uma república burguesa, termina em retumbante fracasso.
A ascenção de Napoleão sugere um sub-consciente na sociedade, e uma nostalgia popular (de soldados que o seguem), de um Princípio de Regência, na forma monárquica da antiguidade. Napoleão faz acenos à burguesia, tentando às vezes se comportar como burguês... Também seu regime vai se tornando caricato, até ser destronado, mas o princípio monárquico que reinstaura a dinastia Bourbon em 1818, agora é explícito.
Em 1830 a monarquia Bourbon é substituída pelos de Orleãns, que obtém certa estabilidade política, com um regime que tenta manter um “acordo-de-classes”, entre povo, burguesia, aristocracia feudal.
A forma monárquica que equilibra politicamente as três principais classes da sociedade, foi conhecida pela primeira vez, na história da Europa, com o advento da dinastia Aviz em Portugal, a partir de 1385.
O Cesarismo e Napoleanismo seriam como um reinício histórico “do ponto zero”: na medida em que as repúblicas ou principados fracassam, exatamente por não serem capazes de obter o “acordo-de-classes”.

2.2. Na forma dos assim chamados Socialistas Utópicos, a república burguesa apenas precisaria ser reformada por atos de “boa-vontade”, sinceros, democráticos, cristãos, para se atingir a estabilidade social.
Pode-se argumentar que a questão da “igualdade democrática” não é o que estaria em primeiro plano, mas a questão de uma redistribuição, a qual possa permitir no futuro alguma maior “igualdade social” – no sentido de uma equivalência cívica e jurídica.
Esta redistribuição é um ato de regência, ato governamental de um estado-república pleno. Porém, também poderia ser feito por uma “monarquia esclarecida”.

2.3. Nos anos 1860, 70 e 80 Marx, e Engels até os anos 90, entenderam que não seria necessário um “rompimento” da ordem burguesa-republicana, com a “ascenção do proletariado”. Aquilo que se convencionou chamar de Blanquismo... Isso devido ao fracasso das revoluções de 1848, e da derrota em 1871 da resistência em Paris.
Todos os socialistas entendiam que poderiam haver “reformas”, e melhor consciência política dos trabalhadores, em se mantendo os termos republicanos vigentes, parlamento, partido organizado, jornais, etc.
A revolução de 1917, liderada por Lênin, leva a um paradoxo, porque do ponto de vista da propaganda burguesa ocidental, ele seria um déspota: O Leninismo surgiu como doutrina da “ditadura do proletariado”, que havia sido abandonada desde as revoluções do séc. dezenove.
Porém, para seus seguidores, ele é um tipo cesáreo, ou napoleônico: sua ditadura do proletariado é vista como fato social, a questão é “contra quem”, e a “favor de quem”, seu autoritarismo se impõe.
No período do regime policial, burocrático e militarizado de Stálin, a situação se torna explicitamente cesária: O chefe agora é um General que tem toda a autoridade, porque comanda a defesa da nação contra invasores. A Russia estava sendo atacada, sem ter ameaçado nenhum país.
2.3.1. Ora, mesmo que uma revolução do tipo leninista seja assumida por líderes neste modo cesáreo (Mao na China, Fidel e Khadafi], com tempo, ela deverá ser capaz de trazer uma Regência para a nação, não importando se ao modo monárquico ou republicano.
O Princípio de Regência aqui será ato-de-vontade, direção, conhecimento. Assim como é para os socialistas utópicos o planejamento da produção, das cooperativas, redistribuição, emissão estatal da moeda, etc.
Um regime hipoteticamente comunista, em que a igualdade entre todos os cidadãos seja intencionada, permanece necessitando determinar seu modo, ou princípio de regência, não importa se aristocrático, republicano, ou principado.
Na maioria das vezes os regimes socialistas se pretendem como Repúblicas.


obs - Coimbra em 1064, não em 1109


3. Termos Críticos e Teóricos:

3.1. Um Princípio de Regência pode ser reconhecido, não importa se como resultado de uma guerra-civil entre as classes, ou se como resultado de um acordo-de-classes.

3.2. No Marxismo o termo “luta-de-classes” se tornou hiperbólico. A princípio teríamos um “conflito de interesses entre as classes”.

3.3. Seja como república ou principado, um regime do tipo soviético deve ter sua emergência planejando a produção, e fazendo o acordo entre as classes.
Ou, da mesma forma, um regime que fosse resultado de um tipo pacífico, cristão e utópico de “democracia”. Este regime teria que definir sua regência: não apenas no modo de governo, mas na forma do Estado, seus rituais, as lideranças, e sobre quais seriam as instruções cívicas do povo, das classes médias, etc.
O acordo entre as classes não seria de fato o “igualitarismo” social, sendo muito mais um acerto de compensações para as “diferenças sociais”. Ou seja, as diferenças como afirmações de especialidades e qualidades – não como “diferenças opressivas”, etc.

3.4. Todas as formas de repúblicas falharam nos séculos XIX e XX: as de base política liberal-burguesa, e burguesa-capitalista; de base popular-democrática, ou social-democrática; ou a república soviética.
3.4.1. A definição de Liberalismo se perdeu no século XX: Os autores Liberais do séc. XVIII desejavam justamente uma República que concedesse a seus Concidadãos todos seus direitos. Isso significava proteger os cidadãos dos abusos de autoridade monárquica/aristocrática. Da mesma forma de abusos econômicos: proteger os pobres contra os ricos.
O sentido de Liberal, assim, não apenas não é o atual “neo-liberal”, como na verdade é antagônico a este sentido de “capitalismo generalizado”. Tradições “de Esquerda” apressadamente atribuem aos Liberais epítetos de “Direita”.
3.4.2. Como “Direita”, podemos ter a “Direita Moderada” ou Conservadora, que quer retardar as reformas sociais, porque afirma “o povo não está preparado”... Porém se utiliza de esquemas fisiológicos, e não da violência verbal. Já a “Direita Reacionária” é diferente: apelo verbal à violência e aos militares, à ação política, intensificando o conflito de classes. Já a “Direita Fascista”, são reacionários que decidiram pegar em armas, eles mesmos, para instaurar sua ditadura anti-popular.
3.4.3. Como “Esquerda” nós temos os Utópicos do séc. XIX, que acreditavam nas reformas benevolentes. A Esquerda Reformista, ou Social-Democrata, está mais preocupada com a organização e educação das massas, com mais ou menos conflitos no âmbito republicano. Porém, o que realmente importa é o estabelecimento de uma República que Planeja a Produção, que detém ou controla as indústrias, e que controla a emissão da moeda, e impede o parasitismo financeiro.
A noção de “Social-Democracia”, entretanto, foi associada àquelas práticas que defendem as reformas sociais, porém sem jamais atingir o Estado Socialista, capaz de planejar a produção. Esta concepção, nos casos iniciais históricos, foi injusta (como no caso da dedicada atuação de Karl Kautski nos anos 90): [a]
A “Esquerda Bolchevique” (Leninista) supõe que o Estado Socialista somente poderia ser alcançado com revolução popular, com apoio de sindicatos, e dos soldados.
3.4.4. Nesse sentido, os Liberais seriam o verdadeiro “Centro”. Porém, os Centristas por sua vez, podem ser meros oportunistas, fisiológicos... Ou serem líderes políticos atuantes que se preocupam com o equilíbrio/harmonia dos poderes dentro da Nação.

[a] Podemos ler em G.D.Cole, History of Socialist Thought, 1957, London, Vol II, pag. 434:
Este é, assim, o Programa de Erfurt que os social-democratas alemães delinearam [1891, com a liderança Karl Kautski], se acreditando como marxistas sinceros, na aurora de sua recuperação da liberdade de propaganda, havendo sido repelidas as Leis Anti-Socialistas. Eles tiveram a assistência de Engels para a formulação de seu Programa, e o seu suporte político entusiástico, com sua preparação final. Em 1895 ... Engels escreveu sobre o P.S.D. alemão e seus dois milhões de eleitores como sendo
- a massa mais numerosa, mais compacta, a força-de-choque decisiva do exército proletário internacional -
Ele escreveu entusiasticamente acerca do excelente uso que o Partido havia feito do sufrágio universal, e contemplava cheio de expectativas o tempo em que eles teriam o suporte não meramente de um-quarto, mas de uma nítida maioria dos eleitores. Na mesma passagem ele deu ênfase às grandes mudanças que haviam ocorrido desde 1848 para a possibilidade de insurreições bem-sucedidas. Todas essas mudanças, ele dizia, tinham sido em favor dos militares, e contra os rebeldes, de modo que levantes não mais asseguravam, salvo sob circunstâncias muito excepcionais, qualquer chance de sucesso. Ele também dizia que os social-democratas alemães tinham demonstrado na prática que uma utilização maior poderia ser feita, das instituições de um governo constitucional capitalista, do que parecia possível em 1848, para avançar a causa dos trabalhadores...
[veja em apostila O Histórico-Antropológico]


3.5. Nos anos 20 na Alemanha, e nos anos 50 no Brasil, uma república liberal e reformista era desejada, e estava plenamente se formando entre as lideranças. Nos dois casos, as repúblicas, que deveriam desfrutar de estabilidade, e participação consciente dos cidadãos, foram destronadas por golpes de estado baseados em intrigas e propaganda, patrocinadas por espionagem e serviços de inteligência imperialistas internacionais.

3.6. Em todos os casos, os apelos à “democracia”, ou “igualdade”, “legalidade”, ou mesmo “fraternidade”, etc, apenas obscurecem o fato de que a cada vez todos desejam ter sua definição de República.
Entretanto, em todos nossos partidos, sejam os liberais (sentido estrito), ou reformistas, social-democratas, populares e socialistas, a reiteração do termo “democracia” apenas sugere a falta de definição real de um conjunto republicano.
3.6.1. A questão das lideranças e de seus programas é que está em relevo. Não a questão da “participação popular”. O tempo necessário para que o povo tenha consciência republicana adequada é muito longo ainda.
Portanto, são as regências, isto é, os jogos de liderança, que deveriam estar em primeiro lugar.

3.7. De um modo geral a Dialética da História seria a de que uma ordem social inicialmente cívica e solidária, daria nascimento a um Estado. Esse Estado se tornaria a academia política da nação, onde os líderes apresentam governâncias que, ao longo do tempo, fariam a formação política e participativa de todo o povo.


Francia 714


4.0. Em toda a História das Humanidades que conhecemos, o Modo Militar é a Forma Antropológica inicial. O Modo Militar é a forma social dos guerreiros, com seus generais e soldados seguidores. Com a vitória na guerra, o General vencedor se torna Rei Hereditário. Esta forma assim evolui para o Modo Monárquico, como forma de regência da sociedade.
O Modo Monárquico evolui para uma Forma Política, onde o Príncipe passa a governar para os súditos, é aceito, chega a ser celebrado. A Forma Política evolui para o Modo Cívico, onde as disputas políticas são levadas a termo de negociações, surgindo tipicamente como institucionalidades republicanas. A Forma Cívica finalmente abre o espaço para as formas de Sociabilidade: convívio comunitário, arte e cultura, comunismo produtivo.

4.1. A fórmula que ficou famosa como “ditado de Clausewitz” necessita de uma perfeita inversão: a Política é a Continuação da Guerra, por outros meios.

4.2. Assim como em Marx &Engels o Modo de Produção, a Divisão Social do Trabalho, é a Forma Antropológica mais determinante nas sociedades européias industriais, burguesas, do séc. XIX – a forma do Modo Militar é a mais determinante para todos os períodos históricos anteriores, ao longo dos séculos.
Entretanto, as classes burguesas perdem as regências do modo aristocrático, mas não conseguem estabelecer regências republicanas bem-sucedidas. Elas sofrem insurreições, ou têm que recorrer a caudilhos.

[veja em Apostila O Histórico-Antropológico; 2023, do Autor]

4.3. No séc. XX, a regência da Classe Financeira Internacional é um novo reinado de Regência desconhecido: baseado em jogos de propaganda, coleta de informações, e prêmios dirigidos aos Asseclas. A economia burguesa é subordinada ao financismo; os militares se atêm ao carreirismo; e os líderes políticos se submetem ao fisiologismo.

Veja nas páginas iniciais desse blogue.

Para Contatos, Comentários e Palestras, mande sua mensagem:
moronibarroso313@gmail.com
Sanpedritoenlasierra.blogspot/a_Discussão_Política_está_Amordaçada


Monday, October 23, 2023

50 - O Perigo de Zionnn - 2

 

Caro Leitor: Veja na página anterior, 49-Brazíl-do-Stanislaw-2, como a “Questão do Programa”, a questão política por excelência, continua a morrer de inanição, sem receber provisões, nem por parte de nossa classe política, ou dos líderes dos Partidos Obreiros e Socialistas, ou líderes das Elites Burgueses, e ainda devido a rivotrilismo e esmartifonismo generalizado que tomou conta das classes médias semi-educadas...

Atenção Povo e Classes Médias Brasileiras: É necessário se fazer reuniões comunitárias para se discutir os Programas Políticos dos Bairros, Cidades, e de toda a Nação Braziliana!!

 

Dezembro 04 -- Selvageria Zionista contra civis em suas residências, abrigos escolares, hospitais, e Universidade Islâmica:

southfront/military-overview-hostilities-to-south-of-gaza
universityworldnews.com/post


Khan Yunis Dezembro 02

 

01 de Dezembro: Fim da Trégua, início da Grande Guerra:

A convoy of 1000 ships sailed on Nov 23 from Turkey to the coast of Gaza via Qabras carrying relief goods. 4500 passengers from 40 countries including women and children are on board. 313 ships are from Russia, 104 from Spain, 15 from Turkey.
Middle East may experience a new Political Order. A New World Order carved out by Russia and China, and backed by the Muslim World and the Global South is in the making.
vtforeignpolicy/2023/11/burning-inferno-of-gaza-part-5
vtforeignpolicy/author/asifharoon/


Faixa de Gaza - Outubro 16 – Tragédia Orquestrada

O depoimento desta Senhorita é o de quem estava na festa noturna boêmia em 07 de Outubro, a 6 km da fronteira do Território de Gaza = onde agora os Palestinos vivem exilados e submetidos... Depois de expulsos destes mesmos lugares onde os israelenses fazem as festas e resorts = Ela declara que estava presa como refém dos atacantes do Hamas, porém afirma que não estava sendo mal-tratada = Ela afirma que foram os soldados israelenses = que demoraram 10 horas para chegar! = que mataram a maioria dos reféns, quando os soldados israelenses atacaram os invasores do Hamas = ##

Os invasores do Hamas estavam cercados: pode-se concluir que a invasão dos Hamas foi estúpida, contra-producente e mal planejada... Porém “facilitada” por “falhas de inteligência”... É possível que o Hamas tenha matado alguns moradores dos assentamentos ilegais [#ONU] judaicos, por tiroteio ou foguetes; mas, segundo Yasmin Porat, que sobreviveu porque seu captor se entregou, no caso da festa, os israelenses morreram devido à “ordem de atirar indiscriminadamente dada aos soldados das I.D.Forces”.

electronicintifada.net/israeli-forces-shot-their-own-civilians
vtforeignpolicy/2023/10/israeli-forces-shot-their-own-civilians


Conivência, traição e “false-flag”

gospanews.net/2023/10/11/intel-drop-by-cia-ex-agent-hamas-israel-fighting-likelihood-false-flag-to-wipe-gaza-off-the-map
efrat.substack/israel-hamas-war-an-update
twitter.com/GalG_/status/1710936542347231535
globalresearch.ca/the-invasion-of-gaza-operation-cast-lead-part-of-a-broader-israeli-military-intelligence-agenda
tribune.pk/2302309/how-and-why-israel-helped-create-hamas
special-ops.org/idf-mistaravim-yamas




gospanews.net/en/
electronicintifada.net
unz.com

eraoflight/2023/10/17/gaza-is-burning-in-lockstep
eraoflight/2023/11/09/we-are-the-resistance


Haaretz: Jornal conservador de Tel Aviv – Breve História da Aliança entre Hamas e Netanyahu --
haaretz/2023-10-20/a-brief-history-of-the-netanyahu-hamas-alliance
vtforeignpolicy/2023/10/a-brief-history-of-the-netanyahu-hamas-alliance
revistaforum/2023/10/24/que-diz-ex-coronel-que-previu-conflito-entre-hamas-israel

 

Manifestação no Distrito de Yarmouk, Damasco, 20 de Outubro

 

Yarmouk é um distrito de refugiados Palestinos na área urbana de Damasco
www.sana.sy/es/=312144


Outubro 21, -23

Mais uma vez a máquina compulsiva e psicotrônica do Zionismo cobre de dor e de vergonha as Terras da Antiga Cananéia... E são os rabinos “ortodoxos” do Torah que o dizem...!
governo-washington.blogspot/2010/06/o-perigo-de-zionnn
brasil247.com/rabinos-israelenses-dizem-que-estado-sionista-


 

 

Dair el Balah, Out 23

 

 

 

Vejam aqui como há quinze anos uma situação semelhante à de Outubro de 2023 estava ocorrendo:
governo-washington.blogspot.com/2008/09

Em 2013 o Bibibi estava “feliz por ter apertado o gatilho da guerra mundial” – com o ataque de poderosos mísseis a um quartel em Damasco:
governo-washington.blogspot/2013/05/30-pagina-do-imperialismo-zionista

Em 1995 Itzhak Rabin era governante israelense, reformador e moderado, com amplo suporte interno e internacional - ao sair de seu gabinete, foi martirizado por um pistoleiro zionista... Desde então,  o Bibibi-666 e a política do Likud foram já muitas vezes condenados pela sociedade israelense, por “corrupção, mentira, traição à pátria”, etc: Como se mantiveram no governo sempre de novo?

Não foi a Sociedade Ucraniana que produziu o Poroshenko e o Zelenski; Não foram as contradições de classe no Brasil que produziram o Bozo; Os governantes em Washington não governam para a sociedade norte-americana... Afinal, quem são os amestradores desses fantoches políticos = ?????


Desde 1948 - Quando Foi Diferente?
governo-washington.blogspot/2007/09/
youtube.com/watch=JrUdEERhQks


 

 

 

 

 

 

 

 

October 21, Christian Orthodox Church of San Porfirio
- Mães e crianças dizimadas
vtforeignpolicy/2023/10/idf-hit-orthodox-church-in-gaza-another-zionists-slaughtering-vs-christians

Outubro 20 – Ameaça ao Hospital Al-Kuds
brasil247/israel-ordena-evacuacao-imediata-de-pacientes-e-milhares-de-abrigados

Outubro 19 – Khan Younis, bombardeio em residência
revistaforum/2023/10/19/quem-esta-matando-essas-crianças-medico-de-gaza-se-revolta-com-bombardeios-israelenses

Outubro 18 – Entrevista do Representante do Hamas
revistaforum/2023/10/18/hamas-forum-ao-do-dia-foi-ato-de-defesa-estamos-chocados-

Outubro 17 – Hospital Al Ahli – Quase 500 pacientes e abrigados sacrificados de propósito:
revistaforum/2023/10/17/video-medicos-de-hospital-explodido-em-gaza

 

Yarmouk, 20 de Outubro

 

Judeus Anti-Sionistas fazem protestos em Washington e Nova Iorque nos dias 18 e 28 de Outubro...
Manifestantes são presos pela Polícia do Território de Controle da República das Bananas Ianques!
sputniknewsbr/centenas-de-judeus-que-protestam-pela-paz-em-gaza-sao-presos-em-washington-
sputniknewsbr/pelo-menos-200-judeus-sao-presos-pela-policia-dos-eua-em-protesto-de-apoio-a-palestina

 

História da Cananéia

O período histórico em que se pode falar autenticamente em “Povo Hebreu”, e de seu Reino, começa em cerca de 1.230 aC, com a invasão militar na Cananéia. O líder dos Hebreus (Habirús) era o General Joshua, que se comporta como conquistador pagão, não movido por ditames divinos. Embora a religião mosaica tenha sido a herança fundamental que manteve a unidade dos Hebreus como parte do povo Cananeu, ela não parece ter sido decisiva na vida civil e política no período dos Juízes [1.100-1.000 aC], do Rei David, e de Salomão [1.000-930 aC]. *
A partir de 722 aC (invasão Assíria), e 586 aC (invasão Persa), o Reino dos Hebreus vai se transformando numa mescla física e cultural. Quando da “Refundação do Templo”, em 516 aC, o Reino dos Hebreus é restaurado, dessa vez tendo de fato a religião mosaica como referência cívica e política. A região foi dominada por Macedônicos em 332 aC, por Romanos em 202 aC, e por Árabes no início do séc. VII. A diáspora dos Hebreus-Descendentes foi voluntária, não forçada, ao longo de muitos séculos.
* Segundo Carrol Quigley, nesse período os Hebreus têm forte determinação militar e econômica: A Evolução das Civilizações, 1961, Cap. 08 - Veja na tela o original desse valioso livro do Prof. Quigley: carrollquigley.net/books

Veja a antiga História dos Hebreus na segunda metade desta página: governo-washington.blogspot/2015/10/39

É bem claro que a idéia de que algum “povo” poderia merecer “voltar para a Terra de seus antepassados” uns 2.500 anos depois, não é a única idéia absurda aqui: A questão é que não há a mínima coerência na idéia de que um “povo” permanece idêntico a si mesmo por 3.000 anos por razões genéticas, religiosas, geográficas ou culturais...
A tese de Arthur Koestler complica ainda mais a questão, porque ele demonstrou # que a maioria dos “judeus” da Europa são descendentes da emigração de um povo turcomeno, os Khazários no séc. IX, convertidos ao Talmud, que se tornaram os “judeus” Ashkenazin do Leste Europeu. Estes foram perseguidos por Hitler por razões “físicas e culturais”, enquanto os “judeus” do Renascimento eram perseguidos pela Igreja Católica por razões religiosas, e por ciúmes, porque eles eram bem dotados econômicamente, moralmente, espiritualmente. Ao início da Idade Média os Descendentes dos Hebreus haviam se espalhado pelo Mediterrâneo, sendo bem recebidos como comerciantes, cosmopolitas, educados, etc:
governo-washington.blogspot/2008/04/16-artur-koestler

# Quer dizer, não existiu a emigração de “judeus” do Mediterrâneo, através da França, até o Norte da Europa. As versões da mídia corporativa, wikipedia, canais zionistas, seria a de que a obra de Koestler teria sido revisada por “falta de material e escopo acadêmico”, etc... Ao contrário, Koestler foi muito bem recebido pela Academia quando do lançamento de sua tese em 1976, tendo amplo reconhecimento como historiador erudito e analista. Koestler era, ele mesmo, polonês (radicado em Londres) descendente dos emigrantes Ashkenazin.











A perversa e gratuita perseguição hitlerista inundou a Cananéia com imigrantes Ashkenazim...
Enquanto os fiéis ortodoxos do Torah denunciam o Zionismo e a construção do falso Estado de Israel, como contrários à sua tradição religiosa. Segundo eles, o Bom-Deus desejou que eles se tornassem cosmopolitas, que se espalhassem pelo mundo... A cidade mitológica de Jerusalém seria apenas um habitat ritualístico para eles, em perfeita comunhão com seus primos-rabinos muçulmanos e cristãos: uma cidade internacional, não um Estado!


Criméia e Donbass, 2014-2023


https://southfront.org/why-is-donetsk-still-being-shelled-by-ukrainian-forces-almost-10-months-after-russian-operations-began


O bombardeio sistemático da População civil no Donbass, logo após o golpe de estado pro-OTAN no início de 2014 na Ucrânia [devidamente insuflado por hordas do senador Máckáinn] permaneceu ignorado pela mídia corporativa ocidental na época. Em 2014 foram os fascistas e "magnatas" de Kiev que forçaram a "separação" da Ucrânia de sua ordem geográfica e sociológica: nos séculos X e XI Kiev fôra justamente a origem da nação russa... Os habitantes do Donbass, de Odessa, não são "pró-russos", eles são, sempre foram Russos, em todos os sentidos. Os bombardeios contra civis no Donbass deveriam cessar com os acordos Minsk em 2015, mas foi o governo de Kiev que ignorou estes acordos.

Donetsk e Luganski NÃO reivindicavam a integração à Russia nos acordos, mas apenas uma autonomia administrativa, uma vez que o governo fascista de Kiev havia dado a ordem estúpida de que ninguém mais poderia usar a língua russa na Ucrânia - ordem estúpida evidentemente criada para desencadear a revolta dos habitantes russos.

Depois disso, Donetsk e Luganski tiveram que desenvolver suas próprias brigadas de proteção contra os ataques aos locais residenciais, friamente calculados para iniciar uma guerra... Porém o KREMLIN NÃO DEU ajuda militar direta ao Donbass, apenas setores da sociedade russa!!!












governo-washington.blogspot.com/2014/04/32
governo-washington.blogspot.com/2014/06/33
governo-washington.blogspot.com/2014/07/34
governo-washington.blogspot.com/2014/10/35

E os civis continuaram a ser bombardeados por 8 anos, sem que a kretina mídia amestrada no Ocidente desse a esses civis o direito de defesa, ou de pedido de ajuda ao Kremlin.

Somente em Fevereiro de 2022 o governo russo decidiu enviar tropas de proteção: a kretina mídia ocidental desde então insiste em que o gov russo estaria querendo "anexar", "invadir" a região.

O Kremlin NÃO é o governo de Vladimir Putin, ao contrário, este sujeito responde, com seus colegas, a uma hierarquia de comando de perfil MUITO mais republicano do que de muitos países ocidentais, incluindo EUA. Eles não tem nenhuma intenção de "anexar" o Donbass, segundo interessses econômicos, estratégicos, ou "expansionistas"... Ao contrário!!

A operação de defesa dos russos no Donbass causa muitas dificuldades e prejuizos econômicos! O Kremlin teve enorme desgaste político interno porque demorou 8 ANOS para defender o Donbass!!

Com o golpe de 2014, a Criméia fez um plebiscito de 98% de cidadãos solicitando a sua inclusão formal na pátria russa, resposta natural a um regime anti-russo fascista na Ucrânia. O pedido de inclusão foi dirigido ao PARLAMENTO russo, que então fez o encaminhamento ao Kremlin - não foi decisão inicial do Kremlin! Havia duas instalações militares de soldados russos na Criméia, eles não tiveram que "invadir" ou "anexar", nada, apenas os locais decidiram continuar sendo o que sempre foram.

Somente 7 meses depois da entrada de tropas russas para defender o Donbass, os habitantes destas províncias fizeram um plebiscito em Setembro, com 98% repetindo a mesma solicitação formal dos russos da Criméia, porque não há outra solução, os bombardeios continuam matando civis no meio das ruas. O Kremlin NÃO fez uma invasão completa com tropas de infantaria, PORQUE os fascistas estão torturando e massacrando as populações nas áreas em que eles ainda controlam, quando estas populações apóiam os soldados russos. Porisso é necessária uma guerra de desgaste e de penetração passo-a-passo. Se os militares russos fizessem uma invasão completa, de "ocupação", eles estariam bombardeando aquelas populações que eles vieram defender... E há milhares que vieram como voluntários diante do horror de 8 anos - !

A Russia tem soldados de sobra, para uma guerra convencional, em solo europeu. Ela está convocando reservistas para o Donbass, justamente porque este não é o front principal, é uma ação defensiva, que não requer a habilidade de soldados profissionais, que estão guardados para as tentativas de invasão que os fascistas e lobbistas da OTAN parecem estar desejando, mais uma vez...

A mídia amestrada se convenceu de que a Russia está sendo derrotada... Mas a Russia tem soldados de sobra, ela está se preparando.



Friday, September 30, 2022

49 - Brazíl do Stanislaw - 2


 

    1891 - 1937

 

 

 

A tese mais relevante da tradição política do Marxismo é a tese de Antonio Gramsci:

A tarefa histórica dos partidos é a de serem os depositários dos programas, baseados na interpretação dos processos sociais. Nessa formulação, o Partido Comunista de Gramsci teria função equivalente a de um “Príncipe”, no sentido renascentista (conforme em Maquiavelli) de ser guia, orientador e formulador da vida política nacional.

Portanto, está na hora do Partido dos Trabalhadores ser refundado [vide Páginas 44 e 48], convidando para a Reforma e Unidade do Programa Socialista Brasileiro o PCdB, PSol, PCO, PCB, etc. O PDT e PSB continuam sendo partidos cartoriais (ainda que com bom desempenho em alguns itens). Precisamos nos livrar da modorra puramente eleitoral e de preenchimento de cargos!!!


apublica.org/2022/11/gilberto-carvalho-sem-dialogar-com-as-massas
O governo Lula ... se abriu para a sociedade, mas a participação social foi limitada porque atendeu a uma elite, à sociedade organizada, com consciência e experiência de organização. Nós não conseguimos dialogar com a grande massa.
A ausência de gente para defender o nosso projeto diante do impeachment foi outra demonstração que a inclusão foi econômica, bem feita, meritória, mas não houve a inclusão cidadã.

25-05-23
Já são cinco meses de governância republicana moderadora do Inácio Presidente... Mas todas suas moderações nunca parecem suficientes! Nesta entrevista ao GGN o prof. da Univ. Fed. Paraná Adriano Codato traz alguns esclarecimentos sobre nossa falta de horizonte político e de políticas de Estado... Aos 17:35 min, veja: os "ventríloquos do Financismo"...!!
jornalggn/noticia/pais-vive-impasse-sobre-projeto


= A Questão do Programa =


[1] A República e o Reinado de Inácio III

Eis que o Inácio Terceiro toma posse, e tudo dependerá só dele, príncipe herdeiro de sua própria história, da história em zigue-zague de seu partido sindicalista, que propõe aliança com a Burguesia... Herdeiro da República Brasileira fraturada e encarcerada desde os Tempos de JK, contorcionada e dolorida...

Como Chefe Republicano o Inácio Silva tem que se dirigir às partes, respeitosamente, se dirigir às instituições e ao Povo, falando português claro e atendendo às expectativas de todos os setores. Como líder popular-democrático ele é o Lula, sua única obrigação é dar amor, dar auto-confiança, e um pouco de merenda para seu povo pobre. O projeto popular-democrático é igualitário. Mas a realidade republicana significa governar segundo os setores e suas diferenças, segundo suas hierarquias...

Como Chefe Republicano, o Inácio deverá recorrer novamente a suas habilidades do período 2002-2010, em nomear bons Ministros, que sabem resolver bem a política dos processos e possibilidades administrativas; orientando ele, príncipe presidencial, suas políticas, segundo o que dizem seus Ministros. Estes Ministros são líderes políticos, quase sempre ligados aos partidos organizados de base social.

Entretanto, a República Brasileira não é tão republicana como se pensa: Ela necessita, além de um Presidente, de algum Príncipe Revelatório e Carismático, que seja capaz de se dirigir ao povo, às classes-médias, e à burguesia, para explicar diretamente, em voz mansa, no horário nobre das tevês: qual é o Programa de Governo de que necessitamos; quais as prioridades; quais os orçamentos; quais os programas segundo as funções e as classes sociais...??

Essa não seria a tarefa típica de um chefe republicano, mas de algum Príncipe Valente que, além da administração pública, deve antes educar seu povo quanto aos reais valores da nação, e quanto às reais necessidades... Mas agora o Inácio é obrigado a desempenhar estas duas tarefas ao mesmo tempo, como um double-man, como um super-man....

A questão é que nos regimes republicanos os Presidentes assumem os métodos de administração e governo, segundo os programas que lhe são dados pelo seu partido, ou partidos de apoio, ou mesmo instituições sociais. A estabilidade republicana reside no fato de que os presidentes gerenciam projetos com expectativa já formada na sociedade. Quando os presidentes se comportam como príncipes carismáticos, fundacionais, que criam a partir de si mesmos os projetos de nação, eles se tornam reféns de campanhas de acusações e de desestabilizações já bem conhecidas.










operamundi/20-minutos/entrevista-de-gilberto-carvalho
O papel de Lula será essencial nesse processo (de pedagogia popular). Recentemente eu falei com ele e disse: "Você é o nosso principal educador popular, a sua comunicação direta com o povo é muito importante", e eu penso que ele está convencido disso, e você pode ter certeza que nós teremos uma postura diferente, ele me disse que terá uma nova forma de se comunicar com o povo, com uma presença muito mais intensa, de qualidade diferenciada, que eu considero fundamental.


23-03-23

Prezado Leitor: Já estamos na Segunda Quinzena de Março, época para se tomar decisões sobre o futuro, levando-se em conta que o verdadeiro calendário lendário e astrológico para o Ano Novo começou no dia Primeiro deste Mês...
O Blogue Washington fêz sua homenagem ao Chefe da República Inácio [Rei em Micenas, 1550 antes da Era Cristã] 02 dias antes das eleições de 02 de Outubro, porque tínhamos certeza de que Inácio venceria já no primeiro turno:
Já no segundo turno, o Inácio venceria pelo menos de 55 a 45%... Lo qué há Passado??
Não se iludam queridos leitores, quando o demônio borço afirma alguma coisa, isto é porque os serviços de inteligência já “explicaram tudo” para ele antes!!
Há muitos modos de se modificar as apurações eleitorais, isso ele ficou sabendo: o importante é saber se há colaboradores bem situados.
Além disso os eleitores são fortemente atingidos pela distribuição de propinas e benesses orçamentárias pré-eleitorais, do que a equipe borço abusou bastante – E tivemos certamente as linhas de ônibus de subúrbios nas grandes e médias cidades que ficaram nas garagens no dia dê...
Vejam a persistência da transferência dos votos do Petê para o Pefelê e para Senhoritaverde.org, nas eleições de 2002, 2006, e 2010, na cobertura da Revista Viomundo de Outubro de 2014, nesta página:
governo-washington.blogspot.com/2014/10/35
Por exemplo, no segundo turno de 2006, o Alkmin teve 3,6% a mais do que previsto na boca-de-urna. O Lula e a Heloisa tiveram (1,4 + 1,2)% a menos. Com mais 1,0% de margem-de-erro, teríamos o mesmo valor 3,6% que apareceu no Alkmin. Os levantamentos de boca-de-urna sempre foram considerados um balizamento válido nas eleições – com mais de seis mil entrevistados – Mas Por que Foram Desativados -- ??


Ao ganhar esta terceira eleição com um número muito duvidoso de 51 x 49, o Lula se tornou um Bom Inácio, teve paciência, teve moderação, entregou seu destino à lógica dos deuses, que é o que devem fazer os bons Presidentes e Príncipes em todas as épocas. Mas o Inácio não tem a obrigação de ser um super-homem que acerta 100% de todos os problemas. Um pequeno tropeço, em que ele nesta semana falou um baixo calão no programa do 24/7 – foi suficiente para abrir uma crise “midiática” em seu governo.
Entretanto, nesta abertura dos dias de Março, o governo do Inácio já está instalado, e ele está tendo aprovação dos deuses - porém "só" em 97,5% ... [quando nosso PT-Gov não entende “nada” sobre o histórico recente na Ucrânia] – E afinal o Inácio não tem obrigação de saber de tudo e resolver tudo: O governo presidencial pertence agora de direito ao Dino e ao Alkmin, ao Haddad e ao Rui Costa, ao Pimenta, à Gleise Hoffman, e aos Parlamentares do PT... o Lula precisa descansar, como “ser humano”, e o Príncipe Inácio já cumpriu muito bem seu mandato!!!


E agora o Presidente Inácio da Silva aparece com sinais de pneumonia, depois de atravessar dois deslizes discursivos e “midiáticos”: Isso é bem exatamente o que se promete para aqueles que se servem dessas malditas vacinas de “RNA-mensageiro”. O Sr. Washington, padroeiro deste blogue, já “cansou de avisar” aos colegas que as vacinas comuns, com virus desativado, como a Coronavac chinesa, não fazem mal, podem atenuar as infecções – mas poderiam ainda ser dispensadas em função das medidas que evitam o contágio.
As vacinas Pfeizer e Astrazêneca, com RNA-mensageiro, têm demonstrado sistematicamente que elas deixam os vacinados perplexos e em estado de choque – e os vacinados, curiosamente, começam a ter vários tipos de gripes e problemas de saúde que não tinham antes. É claro que o demônio borço boicotou a Coronavac, e despejou a Pfeizer, com 1 dólar de propina por dose para o deputado Barros.
Por que não avisaram ao Presidente? Nem mesmo sua fiel escudeira e chefe-do-serviço-de-inteligência Rosângela Inácio percebeu o erro destas vacinas.
resistir.info/pandemia/roberts_23jan23
resistir.info/pandemia/masanori_fukushima_port.mp4
Mais de vinte cientistas dão seu depoimento na Conferência em Estocolmo em Jan 2023 - incluindo o Dr. Malone, um dos inventores do RNA-m, que foi censurado na "mídia", depois que avisou que o método era impróprio, etc:
lakaruppropet.se/international-conference-pandemic-strategies


Outra coisa que o padroeiro Washington "já cansou de avisar aos colegas" é que o uso persistente de aparelhos smart-phone [só para espertinhos], com forte carga de emissão de microondas, queima e derrete os neurônios dos colegas, fazendo com que eles fiquem perplexos e abestados... A cada vez que o usuário cotidiano se insere repetidamente para exprimir frases curtas de adrenalinas de emoções corriqueiras, e longos comentários ociosos, sua mente fica com sobrecarga de impressões inúteis que atrapalham a atenção àqueles detalhes de vivência e sobrevivência realmente necessários. Antes dessa etapa, nós tivemos as pessoas que ficavam horas diante da tevê, ou pregadas no telefone com o colega, ao invés de sair e trocar figurinhas na alameda. Porém agora é muito mais sério, porque, na medida em que os cidadãos têm todos os seus dados biográficos, biométricos, topográficos, compras e contas de banco, apontamentos, comentários, num mesmo aparelho, ele se torna presa fácil dos serviços de inteligência, que podem atualmente fazer um levantamento em minutos do “perfil” da pessoa, onde ela tem ido, quais seus projetos, etc. Esses dados podem ser passados através de requerimentos via inteligência-do-mossad, a mesas de escuta de alguns carluxos, em algum porão fascista, ou mafioso, ou policial. Além disso, os moderníssimos Centros de Inteligência Artificial, São Também Capazes de Ler e Decodificar as Emoções Humanas. Com isso, temos uma inauditável complexidade dos Moderníssimos [5-G], porque eles agora podem recolher todas as informações das pessoas, e calcular em que estado de paixão se encontram, quando fazem isso ou aquilo. Daí foram realizadas as diversas programações, que ficaram bem evidenciadas nos resultados políticos: para os WHAT-IS-UP! de evangélicos, de cowboys-motoqueiros, de alienados repetitivos, etc. Ao mesmo tempo em que recolhe e analisa as emoções dos falantes, a mais alta Tec-do-Futuro ["Montauk"] É Capaz de Enviar Através das Emissões das Microndas Eletro-Mag. Certos Pulsos que Se Casam com as Emoções das Pessoas e Podem Induzir um Repertório de Paixões ou Sentimentos Desejados. É assim que se explica o comportamento cego-compulsório dos setores mencionados. Enquanto isso, os colegas da Esquerda afinal permanecem encerrados em seus circuitos de aparelhos-espertos, só se comunicando entre si, reforçando seus credos, anedotas e filminhos tradicionais, não ganhando mais nenhum adepto na sociedade fora dos circuitos de torcedores que re-tuítam 0 mesmo Rame-Rame sentimental-justificatório ... que Surfam nas Microondas e Queimam seus Neurônios!


[2] Emissão da Moeda

A tese monolítica e cristalina sobre a emissão de moeda é a de que a emissão só pode ser ato republicano, segundo decisão presidencial e ministerial especializada, visando o bom equilíbrio da produtividade nacional. Esta tese se opõe à tese galvanizada dos lobbistas do capitalismo financeiro que exigem que o Estado trabalhe como uma empresa financeira lucrativa, emitindo papéis e moeda somente na medida em que consegue competir com os "valores de mercado”:

Na tese dos lobbistas “neo-liberais”, o Estado deve ter “superávit” (Reservas para “bancar”, lastrear, as emissões), e deve aceitar os valores de mercado de forma tradicionalmente desfavorável nas taxas de câmbio, como efeito cumulativo de décadas da ação política e econômica dos cartéis e trustes, que lideram a produção internacional segundo seus interesses monopolistas, apoiados por suas casas de governo.

É claro que, para garantir a produtividade e a livre competição interna das indústrias nacionais [isto é, o verdadeiro Mercado Liberal], o Estado é obrigado a tomar medidas protecionistas, que restauram a competição sadia.


Economista Hudson e os Rentistas

Michael Hudson, ex-Professor da Universidade de Missouri, é autor de importantes e reveladores manuais de economia sobre a hegemonia do capital financeiro, incluindo Super-Imperialism (1972; 2003; 2021), Global Fracture (1977; 2005), e o mais recente The Destiny of Civilization: Finance Capitalism, Industrial Capitalism or Socialism (Islet Verlag, 2022).
Não há indicações até agora sobre traduções em português para as incontáveis obras de Hudson, mas o sítio lusitano =resistir.info= traz traduções regulares de seus artigos. Sua palestra em Brasília em 2010, como participante da posse da nova Presidenta, é disponível em português. O texto a seguir foi apresentado no Nono Forum Sul-Sul para Sustentabilidade (Hong-Kong) em Julho de 2022:

resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_1
resistir.info/m_hudson/colapso_11jul22_2
michael-hudson.com/2022/07/the-end-of-western-civilization

Hudson dá entrevista ao canal de youtube TRNN acerca de seu livro Jay is for Junk Economics, de 2017:
www.youtube.com/watch?v=g1V-5H1I1VI
1:50 min = As reportagens da mídia e os relatórios (acadêmicos) sobre economia usam uma terminologia que são eufemismos muito bem trabalhados para não deixar que se veja como a economia funciona...
8:00 min = Basicamente, o que os políticos de direita fizeram neste país foi pegar todo o vocabulário que foi desenvolvido pelos políticos de esquerda, e pelo movimento trabalhista, e pelos economistas socialistas durante um século... E eles se apropriaram disso, sequestraram, transformaram isso até significar o oposto...


[3] O Desempenho dos Militares

Contrariando um ponto de vista aceito de modo genérico, sem que importantes detalhes históricos do que seja a vida militar sejam realmente considerados [obs- idem página-47]:
zonacurva.com.br/general-lott-e-posse-de-jk-e-jango

É ilusória a idéia de que Ministros da Defesa civis devam ser capazes de qualquer tipo de eficiência ou conhecimento das questões militares. Os ministros da defesa civis acabam sendo, sempre, os que fazem a interface entre o Presidente República e os Generais que estão no comando.

É necessário se reestabelecer a confiança entre civis e militares, incluindo no fato de que o Ministério da Defesa só poderia ser preenchido por Marechais que tenham uma contemplação sadia com relação ao republicanismo e à vida civil, em função de uma educação superior própria, a respeito, nas escolas militares. Os Marechais seriam como militares retornando à vida civil, mas sendo ainda militares... Capazes de realizar a interface, sem a qual a questão militar não se resolve.

Não faz sentido os civis desejarem amordaçar os militares, mandando-os a ficar nos quartéis, sem terem direito de manifestação política: ao contrário, os militares devem dar opiniões políticas abertamente, e segundo os mesmo regime dos políticos e homens-de-estado, ou seja, se falarem besteira, são censurados, afastados, etc.

Tentar enquadrar os militares numa ordem burocrática, faz com que eles se fechem nos quartéis, justamente conspirando contra a ordem civil, que eles acabam desprezando. Isso alimenta a censura dos civis, por sua vez, que se tornam impotentes com suas exigências de “obedecer a Lei”: as armas sempre derrubam leis, não ao contrário...

Um dos aspectos mais importantes para se reconquistar a auto-estima dos militares, ou melhor estima dos civis, está em que as Escolas Militares devem ser centros de excelência, tanto quanto a formação no Itamaraty, ou na PUC-Rio, ou USP, Fund. Get. Vargas, etc. Como exemplo temos a nossa Escola Naval que é um centro de excelência para geografia e história brasileira, o que deve ser mais ainda ampliado e inserido na tradição das ciências humans. Da mesma forma, Escolas do Exército podem se especializar em História compreensiva, interpretativa brasileira, não apenas narrativa e decorativa. A Aeronáutica pode se tornar grande centro de tecnologias bem-avançadas.

Nessas condições, equipes das 3 armas, com seus oficiais da ativa, podem participar em muitos programas e cargos governamentais (com seus mesmos salários militares) naqueles casos de operações de porte geográfico, ou cargos governamentais em que eles tenham conhecimentos técnicos e científicos específicos.

Em todos os municípios, guardas civis, e polícias civis, devem substituir absolutamente qualquer presença ou patrulhamento de polícias militares. Os PMs foram feitos para enfrentarem pessoas armadas, não civis indefesos. As Polícias Militares devem ficar nos quartéis, como os bombeiros, em pequeno número: só devem ser chamadas para acompanhar ações das polícias civis, nunca sendo independentes.

Para evitar que PMs se reúnam com poderes paralelos, eles devem ser submetidos à dupla jurisdição: da hierarquia e dos tribunais militares, e das Secretarias Estaduais e Min. Público.

Já os policiais civis tevem ter boas carreiras e salários, e os guardas municipais treinamento como assistentes-sociais.












[4] Distribuição de Terras

Abertura de aldeias e vilarejos de 5.000 a 10.000 habitantes em várias regiões do Brasil, com todas as adaptações geográficas ambientais necessárias para qualidade de vida e produtividade. Como resolver o problema dos inchaços urbanos nas grandes metrópoles? É necessário que os novos emigrantes, ou colonos internos, sejam “convidados”... Não há formas burocráticas, nem legais ou de “cotas” abstratas em pranchetas estatísticas que possam resolver o problema. Também nesse caso, uma Ação Ministerial de grande porte é necessária. Especialistas, estudantes, voluntários, devem ser convocados para lidar diretamente com os emigrantes segundo suas necessidades e definições individuais. Esta mobilização de Assistencialismo em grande escala é a resposta do Estado Brasileiro a uma História Retorcida, de golpes-de-estado que fizeram sangrar os reformismos naturais que brotaram de nossa História Cordial...

Se nós já fizemos Brasília, grandes portos, barragens e aeroportos, por que não podemos construir algo como 2.500 vilarejos, em 4 (até 8) anos, para receber um número de até 25 milhões de habitantes...?? Quantos milhões existem em subúrbios metropolitanos sem “qualidade de vida” [50 milhões, ou mais?] ... A mobilização de milhares de tratores, engenheiros, operários e funcionários é a ação proporcional ao dramas de sobrevivência, desemprego e violência que se permitiu surgirem em 50 anos de “capitalismo-selvagem-neo-liberal”, etc.

Nosso primeiro exemplo brasiliano histórico de planejamento estatal: Temos aqui um Ministério da Habitação, que é capaz de criar cooperativas locais agrícolas, e de oficinas e pequenas indústrias. Com o tempo, estas cooperativas e fábricas ganham autonomia comercial, vendendo suas manufaturas e excedentes agrícolas no mercado regional. O Ministério da Habitação tem engenheiros, arquitetos, professores suficientes para criar as escolas, praças com coretos e música. A Guarda Civil é contratada entre os assistencialistas, não como guarda policial independente.

A lenda de que a maioria dessas pessoas não quer deixar o consumo das grandes cidades [no Rio de Janeiro, não querem perder a vista das montanhas, etc] – é facilmente desfeita na medida em que, para cada colono, ou família, muitas e muitas oportunidades serão oferecidas de novas atividades produtivas, de arte e educação: e nos lugares em que se tem as melhores paisagens, com rios e colinas, lagoas e jardins. Perspectivas simbólicas e quasi-religiosas de “nova vida”, que podem ser construídas por aqueles assistentes e voluntários sociais, que se dedicam a propor as soluções a partir dos horizontes individuais reconhecidos.


[5] Educação: 4o Ano para Segundo Grau

A criação do 4º Ano para o Segundo Grau pode ser a solução da falta de formação humanista, nacionalista, histórica, cientificamente integrada, para todos aqueles que pretendem cursar as universidades e seguir as carreiras tradicionais. Jovens de 18 têm uma ano a mais para pensar em suas carreiras, conhecendo melhor as disciplinas. Por outro aspecto muito importante, o 3º e o 4º anos secundaristas poder ser profissionalizantes, ou semi-profissionalizantes.

Ao invés de irem para as Faculdades antes dos 20 anos, os jovens podem ter um início de carreira e auto-suficiência, sem necessariamente depender de suas famílias. Todos os cursos profissionalizantes podem ser de iniciação para futuras carreiras universitárias, engenharia, direito, medicina ou artes. Por exemplo, o sujeito se torna enfermeiro durante alguns anos, conhecendo os hospitais, antes de se tornar médico. Ou estuda história das técnicas e das ciências, antes de se tornar engenheiro.

Há uma grande demanda atual para que se ofereça cursos de formação universitária para todos os que saem do Segundo Grau (com apenas 3º ano), criando o gargalo dos “vestibulares”. Ao invés disso todos serão convidados a fazer universidades um dia, mas isso pode acontecer aos 30, 40, 50 anos de idade...

Com isso a demanda de vagas nos vestibulares pode ser estendida no tempo: um mecânico de oficina pode entrar num curso de Engenharia aos 30 anos; uma dona-de-casa pode fazer um curso de filosofia, com 40 anos; um engenheiro pode estudar história com 50 anos.

Não adianta se investir em mais universidades, quando os vestibulares se tornam um terror pedagógico para os estudantes (quem não passa no vestibular, faz o que?) E as Universidades se tornam centros de especialização, mas as disciplinas humanistas, e uma visão geral das disciplinas, fica perdida.

Como prioridade, o Estado Nacional deverá investir maciçamente nas Escolas de Segundo Grau com 4º ano, profissionalizantes, ou que podem preparar os estudantes para carreiras profissionais de modo sensato, sem que eles adotem carreiras profissionais de responsabilidade antes de estarem preparados.

Muitas Universidades podem ser particulares, desde que, em cada capital, exista pelo menos uma grande Universidade Federal, a qual dá os critérios para a definição dos Institutos e dos Cursos para a Universidades particulares. Havendo supervisão das Universidades Federais, não há mal em que as Universidades particulares se tornem centros de especialização e auto-gestão...


[6] Desfazendo o Mito Neo-Liberal

O Estado Nacional pode fomentar empresas privadas, ou pode restringir e cobrar impostos de outras também privadas – para poder garantir o “livre-comércio”, “competiçao por eficiência”, e bons serviços – contra os cartéis, monopólios, e oligopólios internacionais.

Não é necessário o planejamento estatal para substituir pequenas empresas e negócios, somente para as produções de grande porte.

Faz parte do planejamento socialista da economia fomentar pequenas empresas, e a “competição livre”, e eficiente, em escalas locais.










[7] Produção de Alimentos

Em função dos itens [4] e 6], a produção de alimentos deve ser regionalizada e diversificada. Nunca deverá haver monoculturas e agronegócios em larga escala. Nunca o transporte por longas distâncias. Os alimentos não devem ser estocados por longo tempo, de modo a perder sua vitalidade natural.

São as monoculturas intensivas que trazem as pragas. Agriculturas jamais devem ser feitas com fertilizantes artificiais ou tóxicos. [*] Existe um sem-número de técnicas de adubação com resíduos e sub-produtos naturais.

É assim que um Ministério da Agricultura de Largo Espectro pode fazer parte dos projetos regionalizados do item [4].

[*] Diferente disso, quando um produto químico é usado para corrigir a condição mineral da terra.


[8] Remédios e Farmacologia

Existem possibilidades infinitas de se fazer remédios diretamente a partir de plantas. A quase totalidade dos produtos farmacológicos mereceria revisão – mas quem o faria?

Além dos preços altos, há uma quantidade incalculável de farmacológicos que fazem mal à saúde, trazem mais lesões do que benefícios, deprimem e enfraquecem a proteção ou imunidades naturais dos pacientes.

Os psiquiatras estão receitando toneladas de psicotrópicos aos cidadãos, que estão cada vez mais erráticos. Os psiquiatras estão recebendo prêmios e viagens por quantidade de receitas. Há uma lista de mais de 90 tipos de Rivotril.... E as farmácias vendem sem receita mesmo. Incluindo ainda as anfetaminas utilizadas pelos choferes de caminhão, causando acidentes hediondos nas estradas.

Portanto, além de um Ministro da Saúde com “Mão-de-Ferro contra as Corporações das Drogas”, nós necessitamos de um Ministro com Ciência Médica, que seja capaz de realizar novo consenso científico sobre várias questões do corpo físico dos habitantes do planeta Terra, que não seja nos termos dos velhos e surrados paradigmas biológicos para a vida, e químico-biológicos nos remédios.


[9] Emissões de Microondas

As emissões de microondas fazem mal aos cérebros dos animais e humanos, deprimem o ânimo, e enfraquecem os nervos (até de abelhas!).

O uso de aparelhos portáteis “smart” (só para os “espertos”) de modo sistemático, repetitivo, inútil e compulsivo, com as descargas de microondas vindas das torres, próximas aos olhos, neurônios (e a radiação das baterias) – pode levar a humanidade à completa loucura, junto com item [8]: A Humanidade se tornaria escrava de máquinas, e de homens-máquina robotizados [como alguns que já têm ocupado cargos de presidente e ministro, etc] ...

Este é um problema governamental, onde somente o Estado poderia fomentar a produção de aparelhos de comunicação que não sejam deletérios, e coibir as indústrias “5-G” do bilionário homem-robô Elônmuski.

É claro que em civilizações avançadas, tal como nos filmes futuristas, todos os cidadãos têm uma telinha de tamanho razoável para conversar com seus amigos, sobre uma escrivaninha... para se sentar diante da tela e falar em momentos escolhidos: muito diferente de se ter um aparelho “esperto” dentro da bolsa (sua mente alojada em 5 x 11 cm, seu pescoço submisso para a coleira eletrônica), atendendo a todo instante chamadas de origens muito diversas... desmontando a continuidade psicológica do sujeito.


[10] A Rede WWW

Se é verdade que a Internet amplia vários graus de acesso individual a informações que de outra forma não estariam disponíveis – é também verdade que a Internet e todo o mundo “digital” permite a espionagem sistemática, e coleta de relatórios feitos por máquinas “inteligentes”, de todos os usuários.

Seria necessária uma Secretaria de Inteligência que centralizasse todas as atividades de proteção civil digital e contra-espionagem. Da mesma forma, seria necessário algum tipo de supervisão dos disparos em massa nos “váti-zápis” para a indução de estados de demência e fanatismo nos pobres cidadãos inocentes e/ou ignorantes.












[11] Amazônia e Proteção Ambiental [*]

O Presidente assume o Posto, e reconhece publicamente que as demandas de “progresso econômico” versus “proteção ambiental” são contraditórias: impraticáveis, demagógicas, esquizofrênicas, impossíveis e retóricas.

Ninguem sabe exatamente onde estaria o início do processo de redução do excesso poluente planetário industrial & petrolífero & desmatamento, assim como o encerramento da fase “crescimento a qualquer preço”, ou mesmo “retomada do desenvolvimento econômico”, subir as taxas de PIB, etc.

Quem poderá ordenar esse gigantesco impasse – Manter o Modo de Produção Corporativo, Rentista e Parasitário até o Suicídio Global, ou estabelecer novo Modo de Produção?

Como Presidentes da República poderiam participar desse processo??

* [11a] De modo semelhante às Questões Ambientais, há uma quantidade de questões que dependem de juízos éticos e científicos, para as quais não há o mínimo consenso entre os Experts, em todas as áreas...
1) Em relação à Antártica, quais são os Direitos de Ocupação, por parte dos diversos países?
2) O mesmo em relação à Atmosfera, lançamento de satélites.
3) Sobre o significado das Relíquias de outras Civilizações avançadas neste Planeta.
4) Sobre a Pluralidade dos Mundos Habitados.
5) Sobre a Física Não-Entrópica de Tesla, com possibilidade de fontes incessantes de energia sempre renovável vindas do Universo. Física que teve vários depoentes e pesquisadores silenciados, ou desfalecidos, nas últimas décadas.
6) Sobre se a radioatividade dos reatores nucleares faz mesmo mal à vitalidade e ao meio-ambiente – ou não.
7) Juízos de Engenharia: Quais as reais amperagens que poderiamos obter com as fontes eólicas em larga escala? Com as baterias solares?